Nós não perdemos...

| 24/11/2014 |



Emoção. Essa palavra resume o que todo torcedor bicolor viveu no sábado, uma festa que relembrou os tempos áureos do clube no cenário nacional e internacional, uma festa digna para o ano do nosso centenário.




Por que digo que mais ganhamos que perdemos;  Primeiramente, pela homérica festa que a torcida promoveu, contando com várias bandeirolas, e um mosaico espetacular e muitos cânticos. Secundariamente, tivemos a clara percepção de que nosso time possui grandes limitações, no meio de campo, assim como a falta de um camisa 10 como referência para a criação de jogadas, além da falta de um ou dois zagueiros reservas, pois foi nítido que o time do Macaé jogou em cima do zagueiro improvisado Ricardo Capanema, aliado a lentidão e falta de técnica do zagueiro Reniê.

O terceiro fator foi o fato de que eu poderia ter escrito aqui um texto lamentando a queda do Paysandu a série D. No entanto, com a volta de Mazola JR tivemos uma arrancada histórica, subimos e lutamos até o último segundo pelo título nacional que seria o nosso quarto título de âmbito nacional; Infelizmente, ele não veio, pois o futebol é um esporte imprevisível e que encanta a todos por nem sempre o previsível acontecer.

Pra quem tem menos de 18 a 17 anos, não viveu o período áureo do Paysandu em que todos os times grandes temiam jogar em Belém, ou possuíam pouca idade e nem lembram muito. Então, sábado tivemos uma noção de como era e como nossa torcida é Fiel, apoiou em todo momento, não parou de cantar e fez uma linda recepção na entrada do clube com um belo mosaico, o primeiro a ser um sucesso na região norte , com a palavra "Payxão" que simplifica o sentimento de ser bicolor, além das 38 mil bandeirinhas que foram distribuídas por um grande patrocinador do clube que tremuladas formaram belas imagens. Outro momento emocionante foi quando todo o mangueirão cantou á capela o hino nacional relembrando a copa do mundo e o jogo da seleção em Belém no ano de 2011, aliado aos já tradicionais cânticos bicolores como o "Vamos pra cima Papão" e "É Bicolor, e bicolor ole ole ole". Obrigado Fiel Bicolor pela festa, e tenho a certeza que todo bicolor nunca esquecerá uma festa daquele porte.



Veja também os destaques do Paysandu na campanha:

Mazola Jr: Sem ele o Paysandu teria tido um péssimo ano do centenário, formou um grande time apesar das limitações do elenco. Sem Mazola, o Paysandu poderia estar hoje na série D junto com o rival Remo.

Augusto Recife: Um mito no meio de campo, volante raçudo, que está em todos os lugares e sempre fazendo boas recuperações de bola. E apesar da idade, possui uma boa energia em campo.

Charles: Um grande zagueiro, um pouco afoito, nos poucos jogos em que não fez presença a defesa se mostrou insegura. Grande zagueiro, só falta controlar-se emocionalmente.

Bruno Veiga: Grande atacante, possui uma velocidade que entortar os zagueiros, seus dribles deixam a defesa adversária confusa. Além do faro de gol.

Ruan: Novo ainda, as vezes falta a ele buscar mais o jogo. Bom jogador possui velocidade e faro de gol, veio para dinamizar o ataque bicolor.

Lombardi: Zagueiro experiente, veio para dar a razão na defesa bicolor visto que Charles seu companheiro usa mais a emoção. Possui grande técnica, embora pela idade já não tenha mais tanto 'pique'.



Agora caro torcedor bicolor, nos resta pensar no nosso futuro que é a Série B 2015. Temos que manter os jogadores que foram destaques e contratar bons jogadores que possam suprir nossas necessidades e formar um elenco pois a série B é um campeonato longo de 38 rodadas e viagens longa principalmente para clubes do norte e nordeste como o Papão. Aliado a uma estruturação do clube para que no ano seguinte possamos sonhar com um acesso para a Série A, de onde nunca deveríamos ter saído.


Agora como forma de homenagem a torcida bicolor pela grande festa no jogo de sábado, o mítico atacante Bicolor Zé Augusto, o super Zé, falou um pouco da emoção que viveu na final da série C 2014:
"Eu assisti da arquibancada o jogo, já me emocionei muito com o papão. Mas esse jogo foi diferente, porque estava lotado só com a torcida do Paysandu. E como atleta você não vivencia a emoção de perto. E tive a oportunidade de ver pessoas chorando na hora dos Gols do papão, aí veio na minha cabeça, como eles ficavam quando eu fazia aqueles Gols no final do jogo. É muita emoção ser Paysandu, mesmo não conseguindo o título o papão saiu no lucro.
Se organizou na hora certa, e esperoespero agora que continue fazendo um trabalho sério para se manter na série b ano que vem, e até criar uma estrutura pra pensar em série A".

O depoimento a seguir é de outro bicolor apaixonado, Ricardo Mesquita que acompanha o time onde ele estiver:
"No sábado eu tive mas uma vez a emoção de ver o meu amado paysandu em uma final de campeonato Brasileiro, pois tive a oportunidade de estar presente nos títulos de 1991 e 2001 juntamente com meu pai, porem Deus me proporcionou depois de muito tempo novamente viver essa mesma expectativa e emoção, mas dessa vez com meu filho, e cada vez que eu via um gesto e o olhar do meu filho brilhando vendo aquela imensa festa que a torcida proporcionou, imediatamente voltava no tempo e lembrava do que vivi naquela mesma situação com meu pai no passado e  apesar que não  foi o final  tão esperado, eu agradeço a Deus a chance que ele me deu de participar dessa grande festa e também pela emoção  de estar juntamente com meu filho em uma final de campeonato Brasileiro, outros campeonatos virão porém cada Final é uma emoção única e inesquecível."


"Aonde for vou te apoiar"


Eduardo Maya
@eduardoMaya7

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